As Falhas da Modern Monetary Theory (MMT)
Resumo
A ascensão inusitada da Modern Monetary Theory (MMT) nos últimos anos, em particular após a crise financeira global de 2008, tornou-a um tema imperativo, tanto do ponto de vista acadêmico quanto no debate de políticas econômicas alternativas. A partir do reconhecimento da sua relevância, este artigo, sem a pretensão de ser exaustivo, aspira realizar uma avaliação crítica das suas principais concepções (i) teóricas, ou seja, o seu entendimento do dinheiro, e (ii) de política econômica, vale dizer, a sua proposta de financiamento do setor público e de uma economia em permanente pleno emprego. Não se busca fazer uma exegese das suas concepções e tampouco realizar análises exaustivas de um de seus aspectos, mas sobretudo, partir de sínteses pouco controversas, para examinar as possíveis consequências de suas propostas de política econômica.
Downloads
Referências
Borio, C., & Disyatat, P. (2010) “Global imbalances and the financial crisis: reassessing the role of international finance”. Asian Economic Policy Review 5(2), 198-216. https://doi.org/10.1111/j.1748-3131.2010.01163.x
Carneiro, R. (2009) “O financiamento da acumulação de ativos (um esquema analítico)”. Texto para discussão, n 167.
Carneiro, R. (2020) “Acumulação fictícia, especulação e instabilidade financeira (Parte II: uma reflexão sobre a financeirização a partir da literatura contemporânea”. Economia e Sociedade, 29(3), p. 693-717. http://dx.doi.org/10.1590/1982-3533.2020v29n3art01
Carneiro, R., & De Conti, B. (2020) “Privilégio exorbitante e fardo compulsório (a dupla face do SMI financeirizado)”. Instituto de Economia da UNICAMP, Campinas. Texto para discussão, n 395.
Chick, V. (1986) “The evolution of the banking system and the theory of saving, investment and interest.” Economics of Societes. Cahiers de l'ISMEA, Serie Monnaie et Production, n 3.
Epstein, G. A. (2019) "What's wrong with modern money theory?: A policy critique". Springer.
FMI (2019) "Global financial stability report". Oct 2019. Lower for longer
Henwood, D. (2019) “Modern monetary theory isn’t helping”, Jacobin, 21 February, available at: https://www.jacobinmag.com/2019/02/modern-monetary-theory-isnt-helping.
Kalecki, M. (1943) “Political aspects of full employment”. Political Quarterly, 14(4), p. 322–330.
Keynes, J. M. (1930) “Treatise on money: Pure theory of money” Vol. I
Keynes, J. M. (1936 [2017]) “Teoria geral do emprego, do juro e da moeda”. Saraiva Educação
Keynes, J. M. (1937) “The general theory of employment”. The Quarterly Journal of Economics, 51(2), p. 209-223.
Lara Resende, A. L. (2020) “Consenso e contrassenso: Por uma economia não dogmática”. Portfolio-Penguin.
Lavoie, M. (2014) “The monetary and fiscal nexus of Neo-Chartalism: a friendly critique”. Journal of Economic Issues. 47(1), p. 1–32. https://doi.org/10.2753/JEI0021-3624470101
Lerner, A.P. (1943) “Functional finance and the federal debt”, Social Research. 10, p. 38–51. https://www.jstor.org/stable/40981939
Minsky, H. P. (1992) “The financial instability hypothesis”. The Jerome Levy Economics Institute Working Paper, n 74.
Palley, T. (2020) “What's wrong with Modern Money Theory: macro and political economic restraints on deficit-financed fiscal policy”. Review of Keynesian Economics 8(4), p. 472-493. https://doi.org/10.4337/roke.2020.04.02
Prates, D. (2020) “Beyond Modern Money Theory: a Post-Keynesian approach to the currency hierarchy, monetary sovereignty, and policy space”. Review of Keynesian Economics 8(4), p. 494-511. https://doi.org/10.4337/roke.2020.04.03
Streeck, Wolfgang (2013) “Tempo comprado – A crise adiada do capitalismo democrático”. Coimbra: Actual.
Wray, L. R. (2015) “Modern money theory: A primer on macroeconomics for sovereign monetary systems”. Springer.
Wray, R (2018) “Modern Money Theory: how I came to MMT and what I include in MMT”. Remarks for the 2018 MMTConference, September p. 28-30, NYC
Copyright (c) 2020 Ricardo Carneiro
This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).